Grito de Alerta

Candidatos Próprios

                                A fragmentação da base governista na Assembleia diante da PEC da quarta reeleição da mesa diretora é um filme que será revisto em 2014. Por discordar doutrinariamente da matéria, o PTB, liderado pelo senador Armando Monteiro Neto, potencial candidato a governador, caiu fora e, mesmo que haja uma orientação expressa do governador, sua bancada não recua.
                                A mesma posição assume o PT, que tem como aspirante ao Palácio das Princesas o senador Humberto Costa. O episódio mostra, por si só, que, pela primeira vez, partidos da base se rebelam contra o governador. Até as paredes do Palácio sabem – e fazem campanha – que a orientação do governador é pela aprovação da emenda.
                            Quer dar ao aliado incondicional Guilherme Uchôa (PDT) o direito de continuar por mais dois anos dando as cartas do Legislativo estadual. Se PTB e PT caminham em lado oposto ao PSB, provavelmente isso também se repetirá em 2014, quando o governador anunciar de que lado estará quanto ao nome escolhido para entrar na campanha da sua sucessão.
                          Armando não apóia Humberto, que não apóia Armando, que não apóia Fernando Bezerra Coelho, porque todos querem – e vão brigar ardorosamente – uma oportunidade de tentar governar o Estado. Mesmo com tamanha liderança e aprovação, o governador terá pela frente uma missão quase que impossível: manter a sua base unida. E a oposição faz figa para se confirmar o racha na base governista.
VIROU TUCANO– O deputado estadual Daniel Coelho está amadurecendo o projeto da sua travessia partidária. Deixa de ser, em pouco tempo, defensor da ecologia e das causas históricas do Partido Verde para virar tucano de alta linhagem. Porque é, através da filiação ao PSDB, que tentará viabilizar sua candidatura a prefeito do Recife. Na última sexta-feira, Coelho teve uma longa conversa com o presidente nacional tucano, Sérgio Guerra. Já bateu o martelo.