Grito de Alerta

Médicos avaliam os riscos de superbactéria chegar ao Brasil

      Será que a bactéria escherichia coli, que está assustando a Europa, pode chegar ao Brasil? O risco existe, mas ainda é remoto, dizem os médicos. A preocupação maior é para quem está com viagem marcada para Europa. Médicos brasileiros dizem que a bactéria é uma mutação que é comum em seres humanos e eles explicam o que todos podem fazer para evitar problemas de saúde.

       Homens e animais têm a bactéria Escherichia Coli ou E.Coli. Normalmente, ela é inofensiva. O que está provocando o surto na Europa é uma variação muito tóxica e agressiva dessa bactéria.

“O que muda é que ao invés de ser a bactéria normal de intestino, ela tem esses fatores que chamamos de fatores de agressividade. Ela causa mais doença e mais virulência e é mais agressiva. É uma mutação”, afirma Max Igor Lopes, infectologista do Hospital das Clínicas.

A bactéria se instala no intestino e começa a produzir toxinas, que são substâncias que provocam danos ao organismo. Os sintomas aparecem de três a oito dias depois da contaminação: dor no estômago, diarreia, vômito e febre. Os infectados podem desenvolver uma síndrome que ataca os rins. “É um quadro de anemia, mais insuficiência renal que pode ser muito grave e, em alguns casos, pode levar à morte”, alerta Max Igor Lopes.

Infectologistas dizem que os surtos geralmente ocorrem quando as pessoas comem alimento contaminado. “De pessoa para pessoa pode se houver contaminação das mãos, mas isso não é uma epidemia de pessoa para pessoa. Não seria uma epidemia de grandes proporções”, diz Luís Fernando Aranha Camargo, infectologista do Hospital Albert Einstein.

   “Hábitos de higiene básicos são fundamentais. Sempre lavar as mãos e isso se aprendeu com a gripe, uso de álcool gel ajuda e ter a consciência que, se tiver um quadro diarréico, é importante redobrar esse cuidado”, completa Max Igor Lopes.

    No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pede às pessoas que forem para a Alemanha para evitar consumir vegetais se não forem cozidos.

     O Ministério da Agricultura brasileiro diz que o Brasil não importa os alimentos em que a contaminação pode ter começado. Em nota, a Anvisa também avisa que no momento não há motivo para preocupação ou para se tomar medidas mais severas contra a doença aqui no Brasil. Os médicos sempre reforçam a necessidade de medidas básicas de higiene: lavar bem as mãos, os alimentos e, de preferência, cozinhar frutas e verduras.Pe360graus