Grito de Alerta

Náutico vacila e empata nos Aflitos

              A receita para a vitória é simples: equilíbrio dos setores do time, forte marcação e pontaria afiada. Mas o Náutico se acostumou a jogar à base dos “trancos e barrancos”. Ontem, dificultou um jogo fácil diante do Bragantino. Placar de 2 a 2 responsável por despertar preocupação. Inúmeros gols perdidos, meta vazada após bobeiras da defesa.

           Dever de casa não cumprido frente ao vice-lanterna da Série B e queda para a 13ª colocação. Agora, o time alvirrubro inicia hoje a preparação para o duelo de terça-feira, contra o Salgueiro, em Paulista. Hora de recuperar os pontos perdidos.

Quem piscou o olho perdeu o primeiro gol do Náutico. Poucos instantes após a bola rolar, a equipe mandante sofreu falta próximo da área adversária. Aírton chutou, o goleiro Gilvan “ratou”, segundo as palavras de quem aproveitou o falho rebote. De Rogério para o fundo das redes: 1 a 0.

           O jogo seguiu completamente morno até os 30 minutos, quando começou uma troca de farpas entre os jogadores. Os atletas do Bragantino reclamaram de falta de fair play do Timbu, por causa de uma continuidade de lance mesmo com um adversário caído ao chão, fora das quatro linhas, queixando-se de lesão. Peter não deu atenção e tocou para Rogério. O atacante foi derrubado perto da área, dando início à confusão. Cartão amarelo para “aquietar” Kieza e George.

         Antes do intervalo, só dá para destacar um chute perigoso de Rogério e um cabeceio de Luís Mário, defendido por Gledson. O começo do segunda tempo, entretanto, acordou a torcida. Passe de Derley, finalização de Kieza. Rasteirinha, sem chance para o goleiro, quase impedido por um zagueiro: 2 a 0. Novamente, durante os minutos iniciais da etapa.

        A partir daí, iniciou-se uma sucessão de gols perdidos pelo Náutico. Kieza perdeu o mais “inacreditável futebol clube” de todos. Sem goleiro, com os vários metros escancarados da barra. Arrematou, mas o marcador tirou de carrinho.


        O ditado “quem não faz, leva” resolveu dar as caras. Incomodado com outras chances desperdiçadas por Derley, Kieza & cia, o jogo decidiu mudar de lado. Melhor para o Bragantino. Aos 31 minutos, quando o time paulista parecia sem força, surgiu o gol da reação. Peter cortou mal, para os pés de Juninho Quixadá. Ficou fácil: 2 a 1.

           O torcedor alvirrubro já estava preparado para deixar o campo sob o alerta da fraca atuação da equipe, mas satisfeito com os três pontos, quando, aos 45 minutos, a defesa timbu viu Bruno pegar a bola, avançar livre e acerta o ângulo esquerdo de Gledson. Duro golpe: 2 a 2. Vaias e críticas. Empate com gosto de derrota.

FICHA TÉCNICA

Náutico
Gledson; Peter, Marlon,Ronaldo Alves e Airton; Everton (Helder); Elicarlos, Derley e Eduardo Ramos; Kieza (Alexandro) e Rogério (Daniel Caiçara). Técnico: Waldemar Lemos

Bragantino
Gilvan; Júnior Lopes, Carlinhos e Felipe (Léo Jaime); Andrezinho; Diego, Mineiro, Murilo Henrique e George (Felipe Moreira); Juninho Quixadá e Luís Mário (Bruno). Técnico: Marcelo Veiga

Local: Estádio dos Aflitos (Recife). Árbitro: Cláudio Francisco Lima e Silva (SE). Assistentes: Cleriston Clay Barreto Rios (SE) e Edmo Oliveira Santos (SE). Gols: Rogério e Kieza (N); Juninho Quixadá e Bruno (B). Cartões amarelos: Kieza e Peter (N); George, Diego, Júnior Lopes, Carlinhos, Gilvan e Andrezinho (B). Público: 5.022. Renda: R$ 58.230,00