Grito de Alerta

O Trio Dureza

           Se Dilma já não parece – e não é – tão simpática aos olhos dos principais líderes da base no Congresso, pela fama de durona e de dar esculacho nos auxiliares, imagine a sua linha de frente, agora, integrada pela ministra Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, e Ideli Salvatti, a nova articuladora política do Governo?
              É dosagem para elefante! O trio azedume mais intolerável da República! Confirmada, ontem, para o lugar de Luiz Sérgio na pasta de Relações Institucionais, Ideli contrariou Deus e o mundo. O PT, o seu partido, não a tolera. Mantém uma relação entre tapas e beijos, mais tapas do que beijos.
                                            A simpatia de Gleisi é só de aparência. É uma loba travestida em pele de cordeiro. Se existe alguém na face da terra mais arrogante ainda está para nascer. Se Dilma queria, de fato, com as duas escolhas, mostrar ao PT e ao PMDB que tem o comando absoluto do seu governo, seguiu rigorosamente os preceitos de Maquiavel.
                                                   O pioneiro de todos os cientistas políticos, Nicolau Maquiavel, ensinava aos príncipes (com base no que fizeram outros príncipes, bem sucedidos), que o mal se faz de uma vez e o bem aos poucos.
Transposto à vida democrática contemporânea, esse ensinamento sugere aos governantes que tomem as medidas mais duras e de difícil implantação no início de seus mandatos, quando ainda dispõem de uma considerável reserva política de paciência e expectativa.
                                                Ao trazer para o seu lado no dia-a-dia Ideli e Gleisi, a presidente inicia de fato o seu Governo. Até então, foi um arremedo da era Lula. E para ser respeitada, faz o mal de uma vez.