Grito de Alerta

O tema da cenografia do Carnaval 2014 de Olinda


Bajado – Euclides Francisco Amâncio, nasceu em Maraial, no interior de Pernambuco, em 1912. É de todas as eras cidadão amantíssimo de Olinda. Artista plástico múltiplo, chargista, letreirista, cartazista, pintor de quadros e murais retratando a vida de Olinda e a Olinda da vida.
Em 1930, depois de passar por Catende, se muda para Olinda de onde não sai nunca mais. Da janela da sua casa, na Rua do Amparo, sem querer e sem saber parodiou o grande mestre Cícero Dias transformando o seu dizer em: “Eu vi o mundo… Ele começava em Olinda”, ao invés de “Eu vi o mundo… Ele começava no Recife”.
Trabalha como letreirista de cartazes e operador de máquinas no Cine Olinda. Paralelo a isso, pintava o sete onde fosse chamado. Pintura e cinema eram suas duas paixões.


A arte de Bajado é uma homenagem para Olinda de onde retrata, sobretudo, o cotidiano e o carnaval com seus blocos e personagens como O Homem da Meia Noite, a Pitombeira e o Elefante.
A arte de Bajado é uma homenagem para Olinda de onde retrata, sobretudo, o cotidiano e o carnaval com seus blocos e personagens como O Homem da Meia Noite, a Pitombeira e o Elefante.

Reagindo ao ver o Mercado da Ribeira vendendo obras de artistas de todas as procedências sem priorizar os de Olinda e simultaneamente querendo criar seu próprio diferencial, passa a assinar seus trabalhos como “Bajado: um artista de Olinda”.
O encontro com o marchand italiano/olindense Giuseppe Baccaro, ocorrido nos anos de 1970, foi decisivo para o seu trabalho. A partir daí, Bajado expõe suas pinturas dentro e fora do Brasil. Uma pintura de louvação a Olinda de onde retrata, sobretudo, o cotidiano e o carnaval com seus blocos e personagens como O Homem da Meia Noite, a Pitombeira e o Elefante.
Bajado faleceu em 1996, já sem mais poder pintar vitimado pela catarata, aos 84 anos de idade. Ainda assim, permaneceu até o fim da vida na sua janela mirante, onde cumprimentava os passantes, a todos, pobres, ricos, poderosos e humildes. Desse mirante, sentia a cidade, suas cores, seus folguedos, sua alegria prosaica e singela de uma Olinda que temia resistente em permanecer fiel ao seu artista e que nesse carnaval lhe rende o justo tributo e a devida e sincera homenagem.